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Os apelos do presidente não foram levados em conta

Jaqueline Silveira

Foto: Jefferson Rudy (Divulgação)

O Senado revogou, na noite de terça-feira, o decreto do governo Jair Bolsonaro (PSL) que facilita a compra e o porte de armas para várias categorias profissionais, entre elas jornalistas, políticos e caminhoneiros. Por uma diferença de 19 votos, os senadores derrubaram a medida do Palácio do Planalto. Foram 47 votos pela revogação do decreto e 28 pela sua manutenção.

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Em sua passagem por Santa Maria, na noite de sábado, o presidente defendeu, em pronunciamento, o armamento dos cidadãos. Antes da votação, Bolsonaro usou as redes sociais para fazer um apelo aos senadores em prol da flexibilização do porte de armas. Os apelos, contudo, não foram ouvidos pelos parlamentares, e a derrota do governo foi até por um placar mais folgado do que o cogitado inicialmente. Agora, a medida volta à Câmara para análise, onde o Palácio do Planalto tentará reverter a derrota e garantir uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro.

Em tempo: o governo gasta energia e tempo em medidas para facilitar o armamento dos cidadãos, enquanto deveria estar focado em políticas para melhorar a educação básica, principalmente, e para geração de emprego a jovens das grandes periferias. Seriam decisões mais eficazes para combater a violência que assola o país. 

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